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Mutações e velocidade da potente célula-tronco sanguínea

Notícias Terça, 10 Novembro 2015 10:54

Fonte: LabNetwork

Os resultados, publicados online na revista Science, provam que toda a visão clássica que se tinha sobre a formação do sangue humano na verdade não existe, segundo o cientista principal John Dick, da Princess Margaret Cancer Centre, da University Health Network e Professor no Departamento de Genética Molecular da Universidade de Toronto.

“Por meio de uma série de experimentos nós fomos capazes de desvendar definitivamente como os diferentes tipos de células do sangue se formam rapidamente a partir da célula-tronco – a mais potente célula sanguínea no nosso sistema – e não  mais à frente como tem sido tradicionalmente pensado”, diz o Dr. Dick, Diretor do Cancer Stem Cell Program no Instituto Ontário de Pesquisa do Câncer.

A pesquisa também derruba a teoria de que o sistema de desenvolvimento do sangue é estável, uma vez formado. Não é bem assim, diz o Dr. Dick. “Nossos resultados mostram que o sistema de sangue tem dois níveis e muda entre o desenvolvimento humano precoce e a idade adulta”.

Os coautores Dr. Faiyaz Notta e Dr. Sasan Zandi escrevem que na redefinição da arquitetura de desenvolvimento do sangue, a equipe de pesquisa mapeou a potencial linhagem de cerca de 3.000 células individuais a partir de 33 populações de células diferentes de células-tronco e células progenitoras obtidas a partir de amostras de sangue humano colhidas em diversos estágios da vida e diferentes faixas etárias.

Para pessoas com desordens e doenças no sangue, a utilidade clínica potencial desta descoberta é significativa, abrindo um caminho diferente para personalizar terapias.

Dr. Dick afirma ainda: “A nossa descoberta significa que seremos capazes de compreender muito melhor uma grande variedade de desordens e doenças do sangue humano – desde a anemia, onde não há células sanguíneas suficientes, à leucemia, onde existem glóbulos em demasia. Pense nisso como um movimento do velho mundo da televisão em preto-e-branco para o novo mundo da alta definição”.

Há também implicações promissoras para fazer avançar a busca global da medicina regenerativa para a fabricação de células maduras, como plaquetas ou glóbulos vermelhos, usando engenharia tecidual (um processo conhecido por induzir células-tronco pluripotentes), diz o Dr. Dick, que trabalha em estreita colaboração com o Dr. Gordon Keller, diretor do McEwen Centre for Regenerative Medicine.

“Ao combinar a capacidade da equipe de Keller otimizar as células-tronco pluripotentes induzidas com os nossos progenitores recentemente identificados que dão origem apenas a plaquetas e glóbulos vermelhos, poderemos desenvolver melhores métodos para gerar estas células maduras”, diz ele. Atualmente, os doadores humanos constituem a única fonte de plaquetas – que não pode ser armazenada ou congelada – para transfusões tão necessárias para milhares de pacientes com câncer e outras doenças debilitantes.

Esta recente descoberta se baseia na pesquisa de 2011 do Dr. Dick, também publicada na revista Science, quando a equipe isolou uma célula-tronco do sangue humano em sua forma mais pura – como uma única célula-tronco capaz de regenerar todo o sistema arterial.

“Quatro anos atrás, quando isolamos a célula-tronco pura, percebemos que tínhamos também descoberto populações de células-tronco ‘filhas’, que pensamos na época que eram outros tipos de células-tronco”, diz Dr. Dick. “Quando estudamos mais a fundo essas ‘filhas’, descobrimos que elas eram realmente linhagens de sangue já maduras”.

“Então, na formação do sangue humano, tudo começa com a célula-tronco, que é a tomadora de decisão executiva que rapidamente conduz o processo que reabastece o sangue a uma taxa diária que excede 300 bilhões de células.”

Por 25 anos a pesquisa do Dr. Dick tem se concentrado na compreensão dos processos celulares que fundamentam como as células-tronco trabalham para regenerar o sangue humano após o transplante e como o desenvolvimento do sangue corre mal quando surge a leucemia. Sua pesquisa segue a descoberta original de 1961 das células-tronco pelos cientistas da Princess Margaret Cancer Centre, os Drs. James Till e Ernest McCulloch, que formaram a base de toda a pesquisa com células-tronco atual.

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